Pinga-Fogos recebidos



https://museuafrodigital.ufba.br/ruth-landes-outubro-1938-afonj%C3%A1
Matemática Feminista 
(Por Isabel Cafezeiro)    
Escrevo no embalo de Ruth Landes, antropóloga estaduninense,
que veio ao Brasil em 1938 para completar seu doutorado. 
Sua hipótese inicial de que no Brasil a população negra vivia 
em harmonia em meio à população geral foi tomando outros 
contornos na medida em que a pesquisadora adotou uma 
perspectiva que contrariava as tendências científicas do campo
da antropologia na época. 
Optou pela pesquisa de campo, convivendo cotidianamente com os
grupos de candomblé da Bahia. Foi nesse lugar de encontro,
repleto de vivência e relações interpessoais, que se estabeleceu
o “pecado científico” de Ruth Landes: a impossibilidade de
traçar um retrato fixado e objetivo do que seria aquela
“realidade social”. No lugar de descrever um coletivo
homogêneo, ela deixou transparecer conflitos internos, 
negociações, mudanças e fluidez formando uma história relatada 
em primeira pessoa, contendo identidades, datas e lugares.
Respondendo às acusações de não-cientificidade, ela explicou: 
 "escritores negligenciam as individualidades de seus
 informantes como personalidades; a implicação metodológica
 é, então, que todos são iguais... talvez seja porque 
 escritores aqui pensam em termos de “estratégia” em vez
 de “criatividade”... Eu, pessoalmente, não posso nomear 
 o mundo afro-brasileiro que eu conheci sem ouvir,
 ver e sentir instantemente os atores vivos nele."
 
De Ruth Landes, americana, antropóloga, passamos a Sérgio
Sampaio, brasileiro, matemático. Ele afirmou que a Caça 
as Bruxas não foi o último episódio da Idade das Trevas, 
mas o primeiro da Modernidade.  Queimou ali a ciência 
feminina bem como suas possibilidades futuras. 
Dali pra frente, o que restou para a era moderna? 
a ciência masculina, marcada pela obsessão do cálculo
do mundo e castração das subjetividades. 
Hoje se queimam bruxas na matemática e na ciência em geral,
quando se nega o espaço para afirmações da singularidade
da pesquisadora (ou do pesquisador). 
Pode, um texto matemático, ser descrito em primeira pessoa? 

Pode deixar transparecer as inquietações da pesquisa? 

É possível uma matemática engajada, ou seja, comprometida
com sua autora (autor) em seu próprio tempo?

É possível a poesia, a expressão artística, na matemática?

É possível um estudo matemático com identidades,
datas e lugares? 
 Se isto não é possível, então não há espaço para uma
 matemática feminista.  Quando falamos da singularidade
 da pesquisadora ou do pesquisador estamos  nos referindo
 ao reconhecimento do papel histórico do grupo com o qual
 aquele indivíduo se identifica. Ao longo se muitos séculos,
 as mulheres  fortalecem o seu modo de viver e de pensar nas
 relações com o seu mundo local.
 É no fluxo dos acontecimentos que as mulheres situam as suas
 formas de agir, e portanto uma ciência feminista é localizada: 
 ela abre espaço  para o reconhecimento das individualidades
 e permite operar no fluxo das relações.  Antes de mais nada,
 é preciso considerar que a matemática é uma forma de expressão,
 que permite a construção de conceitos e a construção de maneiras
 de combinar  esses conceitos de modo a resolver os problemas
 que se apresentam e tornando  a existência mais fácil. Vista
 assim desta maneira ampla, a matemática nem sempre coincide
 com o que hoje se tornou a matemática dominante.
 É também preciso compreender uma certa configuração de poder
 que se formou  em torno da matemática. Esta configuração se
 estabeleceu ao longo de muitos séculos  e se fortaleceu na
 era moderna posicionando a matemática como território da 
 certeza  e da verdade, da objetividade e da racionalidade. 
 Numa sociedade patriarcal, onde coerência linguística é feita
 no masculino, a matemática foi sendo construída  como um
 lugar dos homens. Hoje, vem sendo afirmada de maneira a
 assegurar  o domínio deste grupo hegemônico nas ciências
 e na vida: o homem branco heterossexual,
 o europeu ou estadunidense. 
 Dentro desse quadro onde não há alternativas de construção
 de conhecimento,  a possibilidade de uma matemática feminista
 é tão ínfima quanto a possibilidade  de qualquer matemática
 de coletivos não hegemônicos, pretos, índios, quilombolas,
 LGBTs, países subdesenvolvidos. Assim, de modo geral a
 exigência de uma matemática  feminista é a reivindicação por
 uma expressão própria, localmente compartilhada  por um dado
 grupo, e que deixe transparecer suas identidades coletivas
 e individuais. É uma matemática que não se faça aprisionada
 pelas prerrogativas  da universalidade, neutralidade, 
 essencialidade e linearidade e que possa situar  seus
 critérios de verdade e de utilidade dentro das demandas
 e conveniências  do seu grupo e de seu tempo.
 A reivindicação por uma matemática feminista é
 também a reivindicação por uma matemática de qualquer grupo
 excluído da lógica  dominante na medida em que se guia por
 uma abordagem situada.
Fuxicando
  “Não tens medo do Santo Ofício?” 
 Diz Sete-Sóis a Blimunda no romance de Saramago,
 “tua mãe foi açoitada e degredada por ter visões
 e revelações, aprendestes com ela”.
 Blimunda responde:
  “(...)eu só vejo o que está no mundo, não vejo
 o que é de fora dele,  céu ou inferno, não digo rezas,
 não faço passes de mãos, só vejo.” (pg75)

Por Isabel Cafezeiro 
(com agradecimentos a Maria do Perpétuo Socorro
pelos caminhos indicados em sua dissertação  e a
Ricardo Kubrusly pelas conversas presentes neste texto)
 
 Clique AQUI baixar o arquivo original
 com o Pinga-Fogo da Isabel 

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Maganiel e a saga do acesso livre a informações científicas e das traduções coletivas

( Maria do Socorro do Brasil Filha)

https://youtu.be/aF0r8IwpoCM

 

 

 

 

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Uma imagem vale mais que mil palavras? Ou não?

 Por Edu



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2018 4S Sydney Australia NECSO Brasil
https://youtu.be/7rQv-Ya6T_0 
 
 


https://4s2018sydney.org/
 
 
 
 
 
 
 
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REVISTA E DISCIPLINA - HCTE - 2019-1
 
 
 
Clique AQUI para baixar
 e ler a ementa completa
  da disciplina Revistando...
 
 
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Um Grupo de Pesquisa no Brasil!

Como aluna de doutorado e recém-chegada no mundo da pesquisa, algumas perguntas me tiravam o sono. O que é? Para que serve? O que temos que fazer em um grupo de pesquisa, assim desses que estão no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq?


Num primeiro contato com a tentativa de oficializar, reestruturar ou mesmo atualizar um grupo de pesquisa no diretório do CNPq, o significado parece ser burocracia, necessidade de ter respeito a regras e segui-las - entender o processo, contatar o auxílio ao pesquisador, passar pelos trâmites da plataforma (no CNPq, os trâmites são só na plataforma!!!!), passar pelos trâmites na instituição que abriga o grupo (porque não existe grupo sem instituição que o abrigue - será que existe instituição de pesquisa sem grupo?). Então, o grupo de pesquisa é feito de burocracia, serve para manter a burocracia e esta é boa parte do trabalho dos que dele querem participar.


Então, para lidar com toda essa burocracia, precisamos de suor! É suor mesmo! Muitas horas para atualizar o grupo, para conseguir acesso, para organizar e ler o conteúdo, para estabelecer listas de tarefas, para encontrar voluntários entre os membros que queiram colocar a mão na massa, para contatar todos os membros, para avaliar a melhor estratégia e ver por onde começar. Tudo o que não pode acontecer com um grupo de pesquisa é ter uma carimbo vermelho no Diretório do CNPq! É preciso respeito pelo suor de quem tenta e executa essas tarefas chatas, sem as quais o grupo não se sustentaria.


Mas não sejamos chatos demais. O que buscamos em um grupo de pesquisa é conhecimento compartilhado e o respeito à liberdade de expressão e de pensamento. Um grupo de pesquisa deve cuidar para que seus membros se encontrem, compartilhem momentos agradáveis, onde o ambiente é acolhedor ao pensamento livre - livre de hierarquias, de censuras, de julgamentos. É importante oferecer momentos nos quais a criatividade possa ser exercida sem muito questionamento, onde parcerias possam ser feitas e refeitas. Isso é a busca pelo trabalho coletivo, no qual uns inspiram os outros, uns fortalecem os outros.


Só que o trabalho coletivo é muito duro e esta é a parte mais difícil do ser ou estar grupo de pesquisa: conseguir ter respeito pela individualidade do outro. Não vou citar, vou apenas roubar uma ideia aqui: não queremos aceitar diferenças, mas precisamos entender que o que o outro pensa é importante! Se eu apenas aceitar as diferenças, eu desconsidero o valor do outro, sua contribuição, eu não deixo que suas ideias e práticas cheguem até as minhas. Assim não há respeito! Eu quero ouvir o diferente, entendê-lo, compartilhar seu olhar e sentimento, deixar que sua vivência contamine a minha! Só assim, consigo ter respeito pelo outro.


Então, para mim, um grupo de pesquisa mistura tudo isso: burocracia, suor, coletividade e, principalmente, respeito!

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Juliana Coutinho

Tá mais pra um sopra brasa do que um pinga fogo! 
Ando assim, em harmonia... 




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O que falta aos nossos cursos de graduação no século 21
(Miguel Jonathan)


Cursos focados só em uma especialidade já eram. O século 21 precisa de pessoas versáteis e capazes de se adaptar para mudar várias vezes de carreira ou atividade. O conhecimento estará cada vez mais acessível online, e se atualizando mais rapidamente. As máquinas ficarão ainda mais “inteligentes”, no sentido de serem capazes de aprender habilidades e manipular conhecimentos estabelecidos.
A garotada já percebe a mudança e se adapta aos novos tempos, mas a universidade continua no passo pesado dos dinossauros no rumo da extinção.
O sistema universitário brasileiro chegou tarde em relação aos outros países, e apostou no cavalo errado, a escola profissionalizante hiper especializada. Que separa as ciências humanas das ciências “duras”, naturais e tecnológicas. Que forma “novos bárbaros”, pessoas muito conhecedoras de um estreito ramo do saber, mas fundamentalmente incultas, incapazes de perceber a profunda interconexão do seu com os demais saberes. E que prepara mal para a vida em uma sociedade cada vez mais complexa e diversa.
O século 20 foi o século disciplinar - os saberes encaixotados em disciplinas que mal se comunicam, que se refletem no sistema departamental das universidades. Já o século 21 se caracteriza pelo viés interdisciplinar e multidisciplinar - e pelo reconhecimento da necessidade de preparar nossos egressos para apreciar o pensamento complexo, tão bem expresso por Morin em [1].
Um possível caminho é dedicar uma boa parte do tempo dos cursos de graduação a um programa intenso de educação geral, inspirado no modelo americano, mas adaptado às nossas realidades.
Estamos bem atrasados. Um estudo da Universidade de Harvard, há mais de 70 anos, já alertava:
Estamos vivendo em uma era de especialização, na qual a via de sucesso para o estudante está na escolha de uma carreira especializada, seja ela a de um químico, engenheiro, médico [...] cada uma demandando tempo e interesse crescentes do estudante.[...] porém temos que encarar o fato de que uma sociedade controlada inteiramente por especialistas não é uma sociedade ordenada sabiamente.[...]. A especialização intensifica as forças centrífugas na sociedade [...] um dado especialista não fala a linguagem de outro. Para desempenhar adequadamente seus deveres como cidadão, a pessoa precisa ser capaz de apreender de alguma forma as complexidades da vida como um todo. Até do ponto de vista do sucesso econômico a especialização tem limitações peculiares [...] o mundo dos negócios requer mentes capazes de se ajustar a situações variadas e de gerenciar complexas instituições humanas.” [2]
O estudo foi ouvido e, hoje em dia, a educação geral está presente na maior parte das instituições de ensino superior dos EUA. Um bacharelado típico de 4 anos, com 120 créditos, tanto em artes como em ciências, dedica tipicamente um terço dos créditos a programas de educação geral. [3]
E nós aqui, como ficamos?
Refs:
  1. MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 11ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
  2. Harvard University, Committee on the Objectives of a General Education in a Free Society. General Education in a Free Society. Cambridge: Harvard University Press, 1945. <https://archive.org/details/generaleducation032440mbp>.
  3. STARK, J.;LATTUCA, L. Shaping the College Curriculum: Academic Plans in Action. 2nd ed. San Francisco: Jossey-Bass (Wiley), 2009. 

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    MARCELO FORNAZIN



    Governança da Internet, Software Livre e Teoria Ator-Rede: algumas ideias sobre a produção e uso das tecnologias da informação e comunicação



    Marcelo Fornazin


    fornazin@gmail.com


    Instituto de Computação – UFF


    Programa de Pós-graduação em Informática – Unirio


    Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação – IBICT-UFRJ






    Neste último ano, não de forma surpreendente, mas um tanto assustadora, nos deparemos com diversas situações públicas nas quais a população foi influenciada em suas opções políticas. A revelação de que empresários estariam contratando serviços de empresas de marketing digital para influenciar a população no pleito eleitoral brasileiroi, na verdade, foi prenunciada por casos simulares em outros paísesii. Além da influência política, somos bombardeados por propagandas direcionadas a influenciar nossos hábitos de consumoiii bem como comportamentos relacionados à nossa saúdeiv.


    Essas ações mediadas por tecnologias de informação e comunicação (TIC), principalmente aplicativos de mensagens e redes sociais, têm sido denunciadas por jornalistas, intelectuais e movimentos sociais. Contudo, pouco se fez a respeito das polêmicas, sendo que muitas respostas são dadas pelas próprias empresasv com objetivo de protegerem suas marcas. Por ter treinamento em construção de sistemas informação, fico um tanto decepcionado ao perceber que as técnicas que aprendi durante a minha formação pouco me ajudam a lidar com os problemas que emergiram da comercialização dos dados de pessoas. Assim, vivemos um paradoxo em que as aplicações de TIC nos prometem autonomia, empoderamento e flexibilidade, mas percebemos subordinação, incompetência e improvisaçãovi. Muitas vezes nos sentimos incapazes de tomar atitudes de modo a repensar essa realidade.


    Como então enfrentar as questões colocadas em relação ao uso das TIC? Um primeiro ponto que gostaria de colocar é pensar os problemas e suas possíveis soluções de forma coletiva. Dificilmente encontraremos saídas individuais, mas coletivamente podemos reconstruir a nossa realidade. Outro ponto importante é não pensar uma solução essencialmente política, tais como leis e regulamentos, nem uma solução essencialmente técnica. Aí que entra a importância dos estudos de Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS), os quais buscam compreender o mundo sem dividi-lo entre técnico e social. Para a questão das TIC e das redes sociais me inspiro nas ideias de duas sociólogas, Alisson Powell e Francesca Musiani, as quais estudaram respectivamente comunidades de software livrevii e governança da internetviii.


    Powell, em seu estudo sobre cultura aberta, observa que openness é um valor intermediado entre código de software reutilizável, transparência institucional e oportunidades de participação expandidas. A reutilização do software por meio de licenças copyleft transforma a escassez em abundância, uma vez que após produzido, o software pode ser reutilizado sem custos. A transparência institucional faz com o software não seja aprisionado nos domínios de uma organização e portanto possa ser produzido em um agenciamento chamado comunidade. Por fim, as oportunidades de participação permitem que as pessoas geralmente vistas como usuários passem a colaborar e tenham um papel ativo na construção do software livre. Assim, em uma interpretação das ideias de Powell temos uma conceituação para software livre que vai além do código técnico, mas o concebe de forma indissociável de sua comunidade, seu espaço social.


    Contudo, mesmo existindo as comunidades de software livre, as plataformas de redes sociais se constituíram por meio de modelos empresariais, nos quais o software é protegido dentro de domínios organizacionais e não pode ser reutilizado livremente. Além disso, os participantes, ainda que atuem nas redes sociais, são tutelados, minimizando as oportunidades de colaboração. Como então lidar com essa situação? As ideias de Francesca Musiani podem nos trazer algumas pistas.


    Em seus estudos sobre governança da internet, Musiani utilizou a metáfora de anões e gigantes para descrever a concentração de processamento das grandes corporações quem fornecem serviços na modalidade de nuvem e a descentralização das redes ponto-a-ponto. Musiani resgatou a noção de que arquitetura de rede é “política por outros meios” e buscou compreender como arquiteturas de rede na internet moldam os direitos dos usuários.


    Inspirada pela abordagem sociotécnica da Teoria Ator-Rede, Musiani estudou a privacidade no aplicativo Drizzle para armazenamento descentralizado de dados. Assim, comparou a “privacidade por política” praticada pelos provedores de serviços na internet à “privacidade por design” possível na descentralização de tarefas das redes ponto-a-ponto. No primeiro caso, a privacidade é uma política de segurança de centralizada nos domínios do provedor do serviço, ao qual o usuário confia seus dados. No segundo, a privacidade está assegurada no design da arquitetura descentralizada, de modo que os dados são distribuídos entre os diversos participantes da rede, os quais são responsáveis por criptografar e armazenar pequenos blocos de dado. No exemplo do Drizzle, quanto maior o número de participantes na rede, maior será a sua segurança dos dados armazenados e a privacidade de seus usuários, pois será mais difícil recuperar e decifrar os fragmentos espalhados por ele e armazenados pelos participantes.


    Um ponto importante da arquitetura descentralizada é a senha de acesso à rede. Ao contrário dos provedores de serviços em nuvem, em que as senhas são armazenadas de modo centralizado, no exemplo do Drizzle, a guarda da senha é responsabilidade exclusiva do usuário, ou seja, cada usuário guardar a sua senha e não há meio simples de recuperá-la em caso de perda. Isto pode ser a princípio um risco para o usuário, mas também é uma forma de distribuir a responsabilidade entre os participantes da rede. Inspirada no trabalho de Nicolas Dodier, Musiani define a guarda da senha como um exemplo de solidariedade técnica entre os usuários do serviço.


    Trouxe esses dois exemplos como forma de ilustrar situações nas quais o trabalho coletivo pode nos indicar caminhos alternativos à centralidade das grandes plataformas de serviços em nuvem. Se por um lado é muito difícil individualmente nos livrarmos das grandes plataformas que nos tornam desleixados, por exemplo, na guarda de nossas senhas, e assim dependentes, por outro é possível pensar alternativas coletivamente. Para tanto precisamos levar em consideração, direitos, responsabilidades, leis, software, equipamentos, organizações, entre outros agenciamentos que nos permitam pensar alternativas de construção e uso de tecnologia, por exemplo, calcadas na colaboração e na solidariedade.

    vi JARVENPAA, Sirkka L.; LANG, Karl R. Managing the paradoxes of mobile technology. Information systems management, v. 22, n. 4, p. 7-23, 2005.
    vii POWELL, Alison B. Open culture and innovation: integrating knowledge across boundaries. Media, Culture & Society, v. 37, n. 3, p. 376-393, 2015.
    viii MUSIANI, Francesca. Giants, Dwarfs and Decentralized Alternatives to Internet-based Services: An Issue of Internet Governance. Westminster Papers in Communication and Culture, v. 10, n. 1, 2015.








    Reedição muito justa do Pinga-Fogo do Miguel Jonathan no Ato-Rede 2017, 
    acompanhada de um pedido de desculpas.

     Fake News e a Nova Eleição de 2018

     - Alerta Geral - 

    Miguel Jonathan


    https://goo.gl/k3n5jG



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    Observação importante:





    Recomendamos que não esperem

    tudo da comissão organizadora,

    o Ato-Rede tem uma horizontalidade

    muito própria, todos podem intervir,

    especialmente nos pinga-fogos, ou seja:

    Os pinga-fogos precisam ser enredados

    por suas autorias




     

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